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Felipe Zmoginski, do AliExpress: “A nossa expectativa para o mercado brasileiro é a mais otimista possível!”

O maior festival de compras do mundo também chega ao Brasil! O 11.11 possui uma grande força dentro e fora da China. Em 2020 superou em 12x as vendas online da Black Friday americana!

Com a parte presença de plataformas de e-commerce chinesas no Brasil, o calendário comercial do setor está se amplicando e englobando a principal data do comércio eletrônico chinês.

Conversamos com o Felipe Zmoginski, Head de Comunicação do AliExpress, para entender as expectativas para trazer o 11.11 ao e-commerce brasileiro e a estratégia do Alibaba para o Brasil.

Além disso, Felipe compartilhou sua perspectiva em relação ao consumidor brasileiro e destacou as iniciativas que o Grupo Alibaba tem realizado para melhor atendê-lo. Melhorar a experiência do usuário e estratégias de marketing, como participação em reality shows (ex. Big Brother, The Masked Singer), têm sido peças-chave para alcançar o sucesso nas vendas.

Confira a conversa completa abaixo!

 

No ano passado Single’s Day do ano passado, o Alibaba quebrou recordes, chegando a US$74,1 bilhões em faturamento. Como estão as expectativas para o Single’s Day aqui?

Felipe Zmoginski: O faturamento do grupo em GMV em 2020 superior a US$74 bilhões é uma enormidade. Configura 8 vezes todo o faturamento da Black Friday americana, mais que 4 vezes o e-commerce anual brasileiro. O festival, portanto, é o maior de compras online do mundo.

A nossa expectativa para o mercado brasileiro é a mais otimista possível! 

No ano de 2020, conquistamos um crescimento significativo de 100% em relação a 2019. Para este ano, a gente percebe que há um cenário de recuperação econômica que irá favorecer os resultados do grupo.

O AliExpress é uma marca e o serviço mais popular que acumulou muitos novos usuários ao longo de um ano para cá. Atualmente, já aparecemos com mais Daily Active Users (DAU) em comparação a outras marcas consolidadas aqui no Brasil. 

Os elementos que nós temos para projetar resultados são todos muito otimistas, a gente tem tudo para fazer um grande festival por aqui!

 

Quais os desafios de “trazer” essa data e torná-la tradicional no calendário brasileiro?

Felipe Zmoginski: Por natureza histórica e cultural, o Brasil sempre foi muito caudatário de iniciativas que surgem nos Estados Unidos, a exemplo da força da Black Friday por aqui. Mas este eixo vem mudando e o Brasil cada vez mais se torna um país integrado ao calendário mundial do e-commerce. 

A China já é o principal parceiro comercial do Brasil há mais de uma década. Além disso, há diversos aplicativos e soluções que se tornaram muito populares no Brasil mostrando uma transformação cultural. 

O 11.11 tem relação com isso, em função de uma maior digitalização e globalização do comportamento do usuário brasileiro que, no final das contas, quer pagar por um produto de qualidade, com menor preço possível e que chegue rápido.

 

Fenômenos como Live Commerce é um grande impulsionador de vendas na China. Há projetos para implementá-lo aqui no Brasil? 

Felipe Zmoginski: No Brasil, já praticamos o live commerce. Há diferentes marcas que estão fazendo live e é uma inovação que tende a se popularizar no Brasil.

Na China, estima-se que 20% de todas as vendas do e-commerce sejam decorrentes do Live Commerce. 

Além disso, o que fazemos na China com muito sucesso e estamos fazendo aqui no Brasil é o “Social Commerce”: o usuário compartilha uma oferta com seus amigos e contatos e quanto mais engajamento ele conseguir, mais baixo o preço fica. 

Esta ferramenta teve como garota-propaganda a Ivete Sangalo e vem apresentando resultados muito expressivos.

 

Em uma visão macro, como o Brasil tem sido um mercado consumidor estratégico para o Alibaba?

Felipe Zmoginski: O Grupo Alibaba possui um compromisso com o Brasil, visto que é um mercado estratégico por ser o principal e mais importante player da América Latina. O Brasil está entre os 5 maiores mercados de internet do mundo, atrás apenas de China e Estados Unidos e tem uma classe média com grande poder consumidor. Hoje, o ticket médio gasto mensalmente pelos brasileiros com e-commerce é de R$500, portanto o país tem um papel muito importante e já está entre os cinco principais mercados que o Aliexpress mantém no mundo.

Vale ressaltar que o Aliexpress atua no Brasil há 12 anos, mas apenas há pouco mais de 1 ano abriu o escritório local e contratou um time para trabalhar localmente. Investimentos progressivos têm sido realizados em marketing, como o patrocínio dos principais reality shows do Brasil, como The Masked Singer, Big Brother Brasil e A Fazenda.

 

Quais são as semelhanças e diferenças entre as preferências e características de consumidores chineses e brasileiros?

Felipe Zmoginski: O consumidor chinês está inserido em um contexto de muita competitividade. Há players muito agressivos, com muita oferta de todo, push notification. É um mercado onde o varejo online é maior que o varejo offline: 51% vs. 49% – um caso único no mundo. Além disso, é um consumidor que desfruta de uma infraestrutura mais avançada porque é uma sociedade cashless, com fácil acesso ao 5G, pagamentos integrados em vários aplicativos e a aderência é alta – as pessoas usam para comprar água, pão na padaria, pagar ônibus, etc.

Por estes motivos, é diferente em termos de maturidade em relação ao brasileiro. 

O Brasil ainda está em um processo de acelerar sua digitalização. 

Por exemplo, 5% do market share do varejo estava concentrado no setor digital online em 2019. No período da pandemia do Covid-19, este índice foi de 11%. Na China, a realidade é de 51%, então há um enorme espaço de crescimento para o Brasil.

O consumidor brasileiro é muito exigente e quer um ótimo atendimento pós-venda, quer produtos de ótima qualidade. Acredito que o nosso principal desafio para atender bem o Brasil é assegurar uma experiência de compra completa, que satisfaça o cliente e que ele se sinta seguro. Isso fará ele migrar cada vez mais das compras offline para as compras online.

 

Qual o diferencial da empresa frente aos seus concorrentes? Tanto para consumidores quanto para vendedores locais?

Felipe Zmoginski: O principal fator pelo qual os consumidores nos reconhecem é pelo preço competitivo. Os preços do Aliexpress são imbatíveis, visto que a sede do Alibaba é na China – onde se encontram os principais fabricantes de diversos produtos (brinquedos, roupas, hardwares, etc.). Como marketplace, nós conectamos direto o consumidor final à fábrica, ou seja, excluímos vários intermediários dessa operação, o que possibilita o preço competitivo. 

Além disso, mais recentemente, passamos também a ser reconhecidos pela qualidade do produto, pelo serviço de pós-venda, pela atenção que nós damos aos consumidores, pela flexibilidade de pagamentos e pela excelência da logística. Em relação a logística, o Aliexpress opera 5 voos internacionais semanalmente, garantindo que os produtos sejam entregues em 7 dias no aeroporto internacional de Guarulhos.

Para os vendedores locais há também vários diferenciais positivos: o Aliexpress proporciona ferramentas inovadoras de marketing, uma característica do Grupo Alibaba. Abrimos uma base com milhões de usuários para esses vendedores locais e também oferecemos parcerias financeiras atrativas. Para se ter uma ideia, as comissões que os vendedores deixam na plataforma do AliExpress é de 5%-8%, muito inferior à média do mercado, além da possibilidade de frete gratuito para consumidores e um ciclo de pagamento mais rápido.

Quer saber mais sobre o Alibaba no Brasil? Então acompanhe as novidades e dicas publicadas pelo Felipe em seu perfil do LinkedIn.

 

 

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